Origem do Nome Candeias, que simboliza luz.
Gentílico: candeense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora das Candeias (ex-povoado de
Candeias), pela lei estadual nº 628, de 30-12-1953, subordinado ao município de Salvador.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de Nossa Senhora das Candeias, figura
no município de Salvador.
Elevado à categoria de município com a denominação de Candeias, pela lei estadual 1028,
de 14-08-1958, desmembrado de Salvador. Sede no atual distrito de Candeias (ex-Nossa Senhora
das Candeias). Constituído do distrito sede. 07-04-1959.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Pela lei nº 652, de 25-09-2006, foram criados os distritos de Caboto, Caroba, Madeira,
Menino Jesus, Passagem dos Teixeiras e Passé e anexados ao município de Candeias.
Em divisão territorial datada de 2006, o município é constituído de 7 distritos: Candeias,
Caboto, Caroba, Madeira, Menino Jesus, Passagem dos Teixeiras e Passé.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
Nossa Senhora das Candeias para Candeias, alterado pela lei estadual nº 1028, de 14-08-1958. Candeias
Bahia - BA
Histórico
A Origem do Município de Candeias data de meados do Século XVI, A partir das terras
conhecidas como Matoim, sesmaria importante naquele período, pois abrigava os Engenhos de
Cabôto e freguesia, oriundos das terras dos Engenhos Pitanga e da Freguesia de Nossa Senhora de
Encarnação do Passé. Essas localidades deixaram uma marca significativa de uma época na qual
predominava o Ciclo da Cana-de-Açúcar, etapa fundamental na formação da Bahia,
principalmente do Recôncavo, determinante na estruturação ética e cultural da população local
como também de suas características sócio-econômicas.
Nas proximidades do engenho freguesia, desenvolveu-se o lugarejo chamado Cabôto, cujas
atividades principais eram o transporte de açúcar para a capital, pequeno comércio e a pesca. Os
engenhos freguesia e Cabôto marcaram o florescimento da economia açucareira no recôncavo,
funcionando em todo o período colonial, sendo inclusive considerado como exemplo na década de
1560. É também no município de Candeias, precisamente no distrito de Passé que se encontra uma
das maiores e mais antigas igrejas baianas, a igreja de Nossa Senhora da Encarnação do Passé,
destacando-se por representar o elo de transição entre as capelas rurais dos dois primeiros séculos
e as igrejas do final do século XVII, constituindo-se em importante peça arquitetônica.
Nas terras do Engenho Pitanga, que eram de propriedade dos Jesuítas, foi construída uma
capela e um engenho, destruído pelos Holandeses em 1641. Em 1760, os Jesuítas foram expulsos
do Brasil, e suas terras leiloadas e arrematadas pelo Coronel Jerônimo Queiroz. Nessas terras,
nasceu o lugarejo próximo ao rio São Paulo, que passou a chamar-se Nossa Senhora das Candeias,
nome pertencente a padroeira da pequena capela existente no local. Com a vitalidade da lavoura
açucareira, aumentava o número de engenhos e de lugarejos nessas proximidades. A introdução da
máquina a vapor possibilitou o aparecimento das usinas, o que colaborou com a transformação
daquela realidade.
Conseqüentemente, os Senhores de Engenhos, transformaram-se em menos fornecedores de
cana-de-açúcar e, após essa etapa venderam ou abandonaram suas propriedades. Enquanto isso no
início do século XX, na vila de Nossa Senhora das Candeias, floresceu a Usina Pitanga, que tinha
como objetivo principal escoar a produção das Usinas São Paulo e Pitanga. Foi construída a linha
ferroviária, ligando a vila à capital Baiana. Nesse período acontece um fato marcante, quando se
propaga que uma criança cega teria se banhado nas águas da fonte próxima à colina onde se
localiza a igreja de Nossa Senhora das Candeias, voltando a enxergar.
A partir desse episódio o arraial de Nossa Senhora das Candeias passou a ser visitado por
Romeiros oriundos de todo o Recôncavo Baiano. Esse ritual passou a se repetir anos após anos,
com as visitas dos Romeiros, modificando totalmente a realidade da vila. Os Romeiros utilizavam
as casas dos moradores, que se transformaram em pensões, oferecendo refeições e descanso. O
comércio floresceu com a venda de refeições, lembranças religiosas e fogos.
Os habitantes comercializavam até amostras do solo da cidade, pois os Romeiros
acreditavam que após a benção na Igreja de Nossa Senhora das Candeias, essa lembrança adquiria
efeitos curativos. Eram comercializadas garrafas de água da fonte dos milagres que os Romeiros
disputavam avidamente para levarem como lembrança. de forma definitiva, a localidade
consolidou-se então como centro importante no Recôncavo (Manual dos Romeiros,2003) Mas a
verdadeira mudança aconteceu nos meados de 1941, quando houve a descoberta de Petróleo no
Município, nas propriedades dos fazendeiros locais.
O Arraial foi modificado completamente. A Vila foi então invadida por grupos de
trabalhadores, qualificados ou não, de toda a parte. Os bois eram utilizados para puxarem sondas
petrolíferas e foi então a partir daí que nasceu a cidade. Em 14 de Agosto de 1958 Candeias
emancipou-se de Salvador. Essa data e comemorada todos os anos no Município.